quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A mesma face da moeda...PS versus PSD


MANUEL ANTÓNIO PINA

«Como fizeram para reduzir os salários e as prestações sociais, PS e PSD juntaram-se de novo no Parlamento, desta vez para impedir limites (nem sequer para os reduzir, só para lhes pôr freio) aos vencimentos dos gestores públicos.

Gestores públicos é um eufemismo usado para designar "boys" e "girls", em geral sem mais qualificações para gerirem o que quer que seja do que a sua disponibilidade para serem geridos. E se há assunto em que PS e PSD estão de acordo, além de que os pobres é que devem pagar as crises provocadas pelos ricos, é o da protecção dos "seus".

Embora não pareça, há no entanto diferenças entre PS e PSD. Por exemplo, o PS quer despedimentos fáceis & baratos para estimular "o emprego" enquanto o PSD também quer despedimentos fáceis & baratos mas para estimular "a economia". Para quem for despedido é igual, mas visto do lado do PS e PSD é muito diferente.

Do mesmo modo, o PS rejeitou as propostas do BE, PCP e CDS para que os salários dos gestores públicos tivessem como tecto o vencimento do presidente da República por isso ser "da competência do Governo" ao passo que o PSD as rejeitou por serem "populistas". "Boys" e "girls" do PS e PSD continuarão, pois, a poder ganhar mais do que o presidente da República. E não por um mas por dois bons motivos, um o do Sr. Mata outro o do Sr. Esfola.

É assim que PS e PSD conseguem o milagre de estar em desacordo fazendo exactamente o mesmo.»

do Jornal de Notícias de
22 FEVEREIRO

1 comentário:

  1. Após esta reflexão de Manuel António Pina, gostaria também de expressar a minha lamentação e desgosto, pelo nível de degredo que este governo consegue atingir. No que diz respeito a esta situação, acho que o duo PS&PSD estão brincar literalmente com os Portugueses, que tolos, caem nas farsas dos media capitalistas, de todos os Benfica X Sporting, de todos os novos Ipad2 que vão ser vendidos.
    Acontece que caminhamos para lugares perigosos e pouco aconselháveis para o normal ser humano, e jé é altura suficiente para a auto-reflexão e analização de toda esta gigantesca esfera de problemas que andam a aparecer ou a ser diagnosticádos dia-a-dia.
    Se boas notícias também é bom ouvir, que sejam ditas. Pois bem, por estas alturas também parece que Portugal não é o único que aparenta sofrer de um qualquer tipo de crise de identificação política, que automaticamente transborda para para a economia e finanças etc. Que se passa na Grécia? Que pressão é esta da Alemanha dentro da UE? Que se passa no médio-oriente? Os próprios problemas dos EUA ninguem refere? A guerra do Iraque já acabou? (HAHA outro Vietname) A crescente subida dos preços do crude? A exagerada inflação dos preços da alimentação na África, e em parte no resto do mundo? A atribuição de cada vez mais poder ás poucas instituições governamentais mundiais como a ONU, ou FMI? Afinal de contas quem vai pagar a dívida vendida aos chineses? Sou EU, ou meu futuro neto se coitado sobreviver?
    O clima também pareçe não ajudar, e assiste-se a cada vez mais desastres naturais, que vão mutilando e massacrando aos poucos certas quantidades de seres humanos, que sem escrúpulo são notificadas pelas 20:00 a cada dia nos notíciários das televisões. Há cada vez mais manipulação do clima, dos media, e da massa populacional em geral.
    Para onde nos estamos a encaminhar? Eu diria que nos direccionamos para uma situação de "entre a espada e a parede", onde a parede será a inflação generalizada dos preços, sobretudo produtos petrolíferos e alimentícios, e a espada será o grande núlcleo de capitalistas não apenas nacionais, mas mundiais. Toda esta globalização está a encaminhar-nos para uma ÚNICA moeda, uma ÚNICA língua, uma ÚNICA política, uma ÚNICA governação, uma ÚNICA força militar... Muito pior do que as ditaduras repressoras quer Hitlerianas, quer Estalinistas. Estamos a falar global
    E adivinhem quem não está a tomar atenção a nada disto? Ou pelo menos a reflectir ou tecer considerações acerca disto? Eu estou!
    Espero qeu esteja tudo bem por aí Sr. Eng..
    Cumprimentos

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